quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Confissões de moça tímida


Não vou virar catálogo de jornal!
Embora goste de me exibir “criança”,
Embora dançasse aquela ousada dança...
Era só pra viver e ser gente!
Mesmo assim, não deixei de ser moça decente!

Será? Posso rir de mim agora?
Todos partiram do salão,
Só me resta a consciência...
Tenho esta por senhora.

Mas o momento passou,
A lembrança ficou...
Dançar daquele jeito de novo?
Só eu e ela no meu quarto,
Até chegar a aurora.

Não preciso me esconder.
Ela sabe quem eu sou,
Vê-me nos tratos capilares e faciais,
No banho, nas vergonhas, e nos carnavais...

E nem deixo para trás
O que sou por não poder,
Mas escondo, pois alguém pode não entender...
Minha consciência entende,
Mas tem juízo demais
Pra me deixareu endoidecer.


Ana Patrícia Oliveira Peixoto

2 comentários:

Andrei Vinicius Morais disse...

ADOREI A imagem *-*
rs combinou super bem! :D

Anônimo disse...

Gostei da imagem, faz sentido! E o poema ficou ótimo também! Parabéns, tem sido raro ler algo bom assim pela internet. Só é uma pena que o publico em geral não de valor à poesia.

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Não há respostas exatas para definir seres relativos \o/