terça-feira, 2 de março de 2010

Eu sei



O pensamento foge,

A fuga morre na tentativa.

A tentativa...

De declarar guerra ao conforto,

A comodidade...

Improdutiva.

Um miserável palavreando coragens

Que fogem ao que se é.

Os sentimentos cauterizados em nome da preguiça,

Preguiça de viver! De existir...

Louvada praga de mortos vivos

Que da cegueira extraem conclusões baratas:

A fé como desculpa esfarrapada.

Vangloriando-se da insensatez

Triunfa o ser inteligente:

Que da vida nada entende.

“junte um punhado de barro

Acrescente loucura e vaidade, feito está o homem.”

Mas o que é ser HOMEM?



Ana Patrícia Oliveira Peixoto

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Amanhã


Poetas mortos:
Classificação atual em que me encontro.
A vocês, desejosos pelo construtivo:
PERDÃO! Isto é desedificante.

Não desejo jogar isto a vocês,
Tão pouco de mim isto querem...
Que farei? Mentirei! Iludirei!
Sobre ufanismo pousarei meus versos?
E das tão belas utopias, carregarei minhas seringas?

Bocejos... Não enforquem o ladrão de sonhos!
É preguiçoso, não quer correr atrás do que não se alcança...
Daquilo que não se esgota,
Do fim que quando próximo escapa!

Ai que agonia! Que agonia!
Que quero eu? Ser fadada ao céu perfeito?
Sem batalhas, sem vitórias, sem conquistas?
Fazer do prazer inativo?
Sem sua ausência seria ele despercebido!

Poetisa inútil eu sou...
Por um momento não tenho palavras,
Tenho imitações baratas de palavras,
Visto que a função das palavras é expressar
E as minhas já não o fazem

Despejei confete...
Resta-me varrer o chão.
Mas fica para amanhã
Sou preguiçosa.
Fica para amanhã...
Amanhã... Quando direi:
Na próxima manhã eu farei...



Ana Patrícia Oliveira Peixoto

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ganhando Tempo...




Versos frágeis:
Não sei as palavras...
Os contornos e caminhos
Versos dúbios:
Escondo por meio de escancarados,
Tudo isso pra ser discreta
Quando por mentiras diretas
Digo-te as verdades mais sinceras
Versos incautos:
São devaneios resolutos
Em soluções sem fórmula
Na matemática ilógica
P.S: Eu te amo...
Pronto, falei!



Ana Patrícia Oliveira Peixoto

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crianças velhas


Imensurável...
Tamanho é o desejo
De retornar a condução dos outros!
De ser quase indiferente a vida
Aproveitando-a inconscientemente...
De achar graça em bobagens,
De desenhar um cachorro que ninguém vê,
De ser malandra sem malandragem...

Saudades de quando a boneca bastava,
De sentir frio na barriga, ao subir na cadeira
Rumo ao que eu não alcançava...
De olhar para o céu como se nunca o tivesse visto,
Sentir os pés no chão frio...
E de sujar roupa com cachorro quente
Sem temer que gritem: - És DEMENTE!

Onde está a minha criança?
Onde estão nossas crianças?
Por que crianças já não são o que é maravilhoso ser?
Não temos pés, não temos corpo...
Somos todos sem formato,
Mas queremos calçar trinta e sete
Quando calçamos vinte e quatro.

Na falta de forma há prejuízos ao juízo,
Mas que seja ela melhor que a definição do indefinido!
Dos olhos que fogem por terem mentido,
Das verdades que mentem aos mais sinceros inocentes,
Duma vida falsamente cheia de sentido.






Ana Patrícia Oliveira Peixoto

domingo, 3 de janeiro de 2010

The Puppini Sisters - Boogie Woogie

Impossível não se contagiar com este ritmo

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Não há respostas exatas para definir seres relativos \o/