sábado, 28 de março de 2009

A busca


Cansei de viver metade
Metade do tempo
Metade do amor,
De dizer meias verdades
E não ser íntegro comigo mesmo,
Não ser inteiro, conciso.

Cansei de buscar sentido
Em bebidas, pernas compridas,
Em distâncias: chegadas e partidas
Em sair desesperadamente pra outro lugar
Sem saber por que, sem nunca achar

Parei! Parei a dança do cansaço
Dos bares mulheres e desgasto
Que esgota a utilidade de ser
As verdades de viver
Os sabores tão reais
E desgostosamente banais

Vou ser real ao menos hoje
Nesses dias de ninguém
Eu me tornarei alguém

By : Fabiano Silva e Ana Patrícia Oliveira Peixoto

sexta-feira, 27 de março de 2009

A sós




Vou me retirar da presença de alguém
Quem quer que seja, estarei longe...
Vou desaguar no mar,
Na multidão estática de povos.
Mantendo-me sem ninguém,
Mantendo-me de ninguém

Embora, embora não seja hora
Talvez me faça mal,
Mas mal que seja será bom...
Melhor que aqui!
Onde a falsidade me persegue,

Ode a besta do trono se ergue...
Basta! Enquanto viver, serei só meu
Meu... Meu! E de mais ninguém.
Nenhuma fonte cessa minha sede,
Nenhum tormento me detém.



by.: Ana Patrícia

sexta-feira, 6 de março de 2009

Récem sentimentos...


Há quem se achegue e tente ver,
Tente perceber...
Mas não transmito o que poderia,
E não me permito tamanha ousadia.

Chego a ser sem derramar minha essência...
E gritei a todos!E nem todos me ouviram.
Calei, mas colocaram palavras em minha boca.

De noite e de dia, a vida se tornou louca...
A mais sensata loucura que me persegue!
O crepúsculo e a aurora, o nascimento e a morte...

Ah! Quem me dera ser normal...
Quem me dera sobressair-me ao vulgo!
E sair de dentro de mim...
E viver livre da alma maligna,
Que mata maltrata e crucifica.

Já desejei não desejar,
Mas o desejo me consome.
Arranha minha vontade e corta meu juízo...
Por certo, meio incerto e completamente preciso,
Não sei nada e nada sou... Se não mais um vivo!


By.: Ana Patrícia Oliveira Peixoto

domingo, 1 de março de 2009

Ondas


E me vem o vai e vem
A fé e a revolta
Sem esperança num céu sem Deus
Fragilizada pela névoa
Que retém a utilidade da visão
E da vontade de gritar calado
E de mover as peças em direção incerta
Não sei se entendo
Mas a certeza do sim me sussurra: Sabe
Seduzindo minha soberba a clave.
E daí fico feliz estando triste
Sem saber na verdade
Se “Pó de pirlim-pim-pim” existe.


By Ana Patrícia Oliveira Peixoto

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Não há respostas exatas para definir seres relativos \o/